Ansiedade, ânsia ou nervosismo – é uma característica biológica do ser humano, que antecede Para entender o que é depressão primeiramente é preciso diferenciá-la da tristeza “normal”. Todos podem se sentir tristes de vez em quando, pois essa emoção faz parte da vida do ser humano, que está sujeito a enfrentar situações adversas na sua vida diária. E isso, necessariamente, não significará que esteja com uma depressão clinicamente reconhecida.
A Depressão é uma doença afetiva ou do humor, não é simplesmente estar de “baixo astral” passageiro. Também não é sinal de fraqueza, de falta de pensamentos positivos ou uma condição que possa ser superada apenas pela força de vontade ou esforço. […] A Depressão, de um modo geral, resulta numa inibição global da pessoa, afeta a parte psíquica, as funções mais nobres da mente humana, como a memória, o raciocínio, a criatividade, a vontade, o amor e o sexo, e também a parte física. Enfim, tudo parece ser difícil, problemático e cansativo para o deprimido”. (ANGERAMI-CAMON, V. A. Depressão e psicossomática. São Paulo: Pioneira Thomson learning, 2001).
“No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra[…]
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas”
(Carlos Drummond de Andrade)
Às vezes a única coisa que conseguimos ver em nossas “retinas tão fatigadas” é a pedra que impede nosso caminho. Não conseguimos enxergar o caminho que está para além da pedra e precisamos de ajuda para chegar até ele. O psicólogo é aquele capaz de orientar o sujeito nessa descoberta de um novo caminho. Ambos trabalharão para fazer da “pedra do caminho” um trampolim ao invés de uma barreira. Na Depressão só se consegue ver a pedra. Na cura, consegue-se enxergar o caminho.
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